quarta-feira, 14 de junho de 2017

O Médium que não trabalha, ou trabalha pouco…





Mestre, dizem que o médium que não manipula acaba adoecendo, é verdade?

Meus irmãos e minhas irmãs,
Salve Deus!

Vocês sabem o que significa “ser médium”?

Até pouco tempo atrás era considerado médium a pessoa que tinha “contato com os mortos”, incorporava, lia cartas, búzios, borra de café, bola de cristal, e outros inúmeros fenômenos físicos, psíquicos ou ainda produtos de charlatanismo.

O advento do Kardecismo iniciou uma modificação destes conceitos e, posteriormente, Tia Neiva esclareceu ainda mais uma mediunidade diferenciada que não provocava fenômenos físicos: O Doutrinador!

Com estes esclarecimentos, estudos sérios a respeito da mediunidade passaram a ser desenvolvidos e hoje podemos  afirmar que:

Médium é o ser humano que produz uma quantidade excessiva de energia vital e que necessita ser direcionada, descarregada, preferencialmente em favor da humanidade e por práticas ritualísticas.

Obviamente todos produzem energia vital, e por tanto todos podem desenvolver a mediunidade. Porém, algumas pessoas, possuem a NECESSIDADE de direcionar seu excesso de energia vital, a estes denominamos aqui “Médiuns”.

O acúmulo desta energia provoca reações físicas e psíquicas que geram desequilíbrio na vida de médiuns ainda não direcionados. É uma reação normal que acontece quando qualquer excesso ocorre com nosso corpo.

O médium esclarecido, ou desenvolvido, que abandona seus trabalhos espirituais, ou, tecnicamente falando, deixa de direcionar positivamente seu excesso de energia vital, passa a ser alvo certo de espíritos obsessores que desejam aproveitar-se de sua energia. Situações desagradáveis começam a aparecer, de maneira a provocar explosões emocionais ou depressões. Estas reações liberam a energia negativamente e permitem que seja aproveitada pelos “irmãozinhos”.

Outros acabam adoecendo, pois da mesma maneira a debilidade física permite a absorção da energia vital excessiva.

Agora, depois das explicações vamos responder de maneira simples a pergunta: Mestre, dizem que o médium que não manipula acaba adoecendo, é verdade?

Cada caso é um caso! Ninguém “vem” médium por acaso! Invariavelmente o médium é um espírito encarnado que possui muitas dívidas kármicas e que pediu a oportunidade de poder “pagá-las” mais rapidamente através da caridade. Ou seja... Tem uma MISSÃO!

Se ao afastar-se dos trabalhos espirituais irá adoecer ou entrar em depressão ou ainda viver sob maior pressão... isso não se pode afirmar, mesmo porque é o menor dos problemas! O grande problema é deixar de cumprir a missão, é abandonar as metas traçadas por seu espírito.

Então, se você tem problemas em cumprir sua missão em um local, vá a outro!!! Procure onde se sinta bem, não importa a denominação religiosa! Deus está dentro de você e qualquer lugar pode ser bom se ali se sentir bem e cumprir seu compromisso espiritual! O melhor lugar é onde se sentir bem.

Vejo médiuns insensatos que dizem: “Não vou ao templo porque não me adapto às pessoas de lá”; ou ainda “nunca me ajudaram em nada por lá”; Salve Deus! Você vai ao Templo por que, ou por quem? Pelos outros??? Vá ao Templo por você e por Jesus! É você que precisa de Deus!

Kazagrande

A Intuição





Quando nos preparamos para reencarnar existe todo um planejamento. Em conjunto com nosso Mentor avaliamos nossos possíveis encontros e reencontros, nossas possibilidades materiais, nossas capacidades intelectuais, nossa futura família... Ou seja: traçamos nosso “melhor destino”. É como se nos preparássemos para uma viagem e verificássemos quais os pontos a ser visitados e que cabem em nosso orçamento.

Ao encarnarmos nossa personalidade não possui tais lembranças. Chega ao mundo físico sem o roteiro desta viagem, mas conta com um “guia turístico” (nosso Mentor) e com o “mapa guardado no bolso” (a Intuição).

Sempre que estamos em momentos decisivos de nossa vida “sentimos” que devemos tomar determinadas ações, dizer certas coisas, nos aproximar ou afastar de determinadas pessoas. Sentimos por vezes acima da razão apresentada pelos fatos concretos. Sentimos um “caminho natural” que se apresenta, mas que nem sempre é o quê queremos seguir naquele momento. Esse “sentir” é a voz do seu espírito que está “olhando o mapa”.

Em nossa vida nós sofremos pelos nossos “quereres”. Sofremos por não seguir o caminho que naturalmente se apresenta em nossas jornadas. Pois quando traçamos o planejamento de nossa encarnação, sempre é incluído um tópico: felicidade! Podemos cumprir nossas metas kármicas, realizar nossos reajustes e ainda sermos felizes! Ninguém vem a este plano somente para sofrer e ser infeliz, nem o mais endividado dos espíritos.

Encarnados, nos rendemos às facilidades, aos desejos e aos devaneios, demonstrando claramente a fragilidade de nossas propostas virtuosas quando esperando a oportunidade da reencarnação.

Meus irmãos e irmãs, Salve Deus! Nossa vida não precisa ser complicada. Basta seguir o caminho que naturalmente se apresenta e nossa intuição somente irá confirmar o quê estamos fazendo. Nossos “quereres” complicam tudo! Somos muito mais que esta personalidade transitória. Temos um espírito dotado da experiência de muitas vidas!

Sempre que chegam os momentos decisivos, nossa intuição se apresenta. Aprenda a respeitar sua intuição. Aprenda a escutar primeiramente a voz do seu espírito. Recorde as técnicas de mediunização, e não se assombre se sua intuição “lhe disser” algo muito diferente do que você gostaria de fazer. Para ter a segurança necessária e realizar as mudanças que você já sabe serem necessárias, faça uma oração! Invoque seus Mentores e sentindo a Luz presente consulte novamente sua intuição. Ela não irá lhe enganar, pois é a voz de seu próprio espírito. E fique de olhos nos “sinais”.


Kazagrande

Estar no Comando, ou SER Comandante






Para os médiuns que participam de um trabalho coletivo, principalmente os iniciáticos, o Comando tem um valor imensurável! Um comandante pode tanto manter a atenção, e sintonia, dos participantes, como ser o elemento desagregador, que permite os pensamentos “escaparem” da finalidade que os reuniu.

O Comandante deve ter “emanação”! A maneira como conduz o trabalho deverá contagiar aos participantes, que literalmente sentem a energia emanada. Muitos são comandantes “perfeitos” ... Emitem e fazem a lei certinho, cumprem todo o ritual com perfeição, mas não trazem a emoção necessária. É preciso vibrar com o comando, sentir-se feliz, motivado e com real intenção de transmitir este sentimento por seus gestos e palavras.

Aprender a fazer tudo certinho é fácil: basta seguir a Lei! Mas muitos não possuem o necessário carisma da condução, e isto não é nenhum demérito! Pois somente é preciso ajustar-se dentro daquilo que pode fazer bem. Recordo sempre o Adjunto Janatã, Mestre José Luiz, que certa vez fez o seguinte comentário: “Tem muito Arcano que deseja comandar a Estrela apenas por ser Arcano sem nunca ter sido um Comandante antes. A Estrela é para os Comandantes”. Para comandar o maior trabalho desobsessivo de nosso Planeta, a Estrela Candente, é preciso SER comandante!

Mas não é apenas na Estrela. Todos os trabalhos requerem uma voz ativa, firme, mas que interprete, vivencie verdadeiramente a Lei e o Ritual! Não tem como comandar nada sem saber o que está acontecendo naquela hora. Tem que saber, e, na vibração da realização, ir esclarecendo aos que são convidados. Sim, pois convidar os participantes de um trabalho que irá comandar é papel do comandante! Chegar de “boneco” com tudo pronto, só para comandar??? Salve Deus! É preciso vibração, antes e durante o trabalho, para que depois do trabalho a vibração permaneça entre os que participaram! Se não... Acabou o trabalho e o médium sai falando do futebol que estava pensando dentro do trabalho e não da grandeza da realização que acabou de fazer.

Salve Deus! O Vale do Amanhecer traz uma Doutrina repleta de opções para todos! Só precisamos “escolher”, sentir, onde nos encaixamos melhor e servimos de maneira mais efetiva. Quem não sente a emoção do Comando, por vezes se realiza plenamente doutrinando espíritos, ou auxiliando em tantos trabalhos disponíveis. Assim como alguns consideram “chata” a função de Devas, e não vão se realizar ali, outros sentem como a função mais importante da Doutrina... Sabem qual a função mais importante da Doutrina que você pode livremente assumir? Aquela que se sente bem fazendo e percebe que faz bem aos outros quando você está ali.

A vaidade em querer comandar apenas para ser o boneco traz prejuízos muito grandes para todos: para o corpo mediúnico onde os pensamentos se dispersam, para a Espiritualidade que prepara todo um ambiente que será pouco aproveitado, para os irmãozinhos que igual aos médiuns se aborrecem, e principalmente para o comandante... Pois assume para seus ombros o custo de tudo isso.

Kazagrande